quarta-feira, 5 de outubro de 2016

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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ÁGUA NA BACIA: RESULTADOS E DISCUSSÕES - RELATÓRIO DE ANÁLISES - REFERENTE AO PERÍODO AGOSTO – OUTUBRO DE 2016.

Título do Projeto: ÁGUA NA BACIA

Resultados E DISCUSSÕES - relatório de análises - referente ao Período agosto – outubro de 2016.


Após se apropriarem do conteúdo, os alunos receberam o tutorial para editarem o mapa e realizarem o monitoramento da área da sub-bacia do Rio Marinho em Cariacica.

Em aulas no laboratório de informática[1], iniciaram o mapeamento conforme demonstra a imagem 01.

Imagem 01: Alunos do 8º ano realizando a atividade no laboratório de informática da escola.
Fonte: acervo dos professores (2016).

As aulas no laboratório possibilitaram aos alunos, se familiarizarem com as técnicas de identificação dos impactos ambientais da sub-bacia do Rio Marinho e no mapeamento dos mesmos[2]. A partir de então, eles se tornaram aptos a desenvolverem o mapeamento em suas respectivas residências.

Esta etapa de conhecimento do mapeamento e da identificação dos impactos da bacia teve uma duração de aproximadamente 15 dias. O resultado deste período de trabalho pode ser verificado na imagem 02.
  

Imagem 02: Mapa de identificação dos pontos de potenciais impactos sobre a sub-bacia do Rio Marinho em Cariacica-ES.
A imagem representa as informações obtidas até o dia 29/09/2016

Observando a imagem 02 nota-se que se trabalhou na identificação de três tipos de potenciais impactos à bacia. São eles: o lixo, entulhos de construção civil e solo exposto.

No que se refere ao lixo, buscou-se identificar os pontos da sub-bacia onde o lixo é depositado em quantidade significativa e em locais incorretos. Lixos depositados em encostas, terrenos baldios e outros. Esse lixo, quando associado à chuva é carreado para as regiões mais baixas do relevo, onde geralmente se encontra os cursos de água.  Cabe ressaltar que esse processo em áreas urbanas é acelerado, tendo em vista que nas áreas urbanas destaca-se a impermeabilização do solo pelas construções, o que motiva a acentuação do processo de escoamento superficial das águas.

Quanto aos entulhos de construção civil, os processos são semelhantes ao que ocorre com o lixo, entretanto, optou-se por categoriza-lo separadamente devido às características do material. São resíduos pesados que quando carreados pelo escoamento superficial para os rios contribuem de maneira decisiva no processo de assoreamento[3] dos canais.

Finalmente o solo exposto. Esta categoria busca destacar a possibilidade da intensificação da erosão dos solos que não possuem cobertura vegetal. Nesse sentido, esses solos sofrem a ação direta do impacto das gotas de chuva, pois não possuem nenhuma vegetação que possa interceptá-la o que pode vir a provocar uma maior intensidade do processo erosivo deste solo. Neste sentido, sendo a quantidade de material erodido maior, o volume de sedimentos que serão carreados para os canais também serão maiores, o que consequentemente contribui para a intensificação do processo de assoreamento dos rios.

No mapeamento apresentado na imagem 02, foram verificados 52 pontos potenciais de impactos a sub-bacia do Rio Marinho, sendo a maior parte referente ao solo exposto, seguido do lixo e do entulho da construção civil. No gráfico 01 pode ser verificada com maior exatidão esta constatação.

Gráfico 01: Número de ocorrência de cada categoria de impacto sobre a sub-bacia do Rio Marinho - Cariacica até o dia 29/09/2016.


A grande quantidade de pontos de solo exposto pode ser compreendida pela localização da área da sub-bacia. É uma região de expansão urbana e que vem recebendo a implantação de uma grande rodovia (rodovia leste-oeste).

No que se refere ao lixo, destaca-se por um lado à falta de coleta adequada realizada pelos órgãos competentes e também a questões referentes à própria população que não realiza uma destinação correta de seus rejeitos.
Quanto ao entulho de construção, foram verificados poucos pontos até o momento. Isso, por um lado, se explica devido esse material muitas vezes ser utilizado em aterros e também porque, na região em análise, não se encontra áreas “viciadas” onde recorrentemente é depositado este material.

Sabe-se que apenas essas três categorias de potenciais impactos não são suficientes para explicar toda a poluição da sub-bacia do Rio Marinho  pois,  deve-se considerar a falta de tratamento de esgoto e vários outros elementos. Entretanto, essas três categorias evidenciam, de maneira imediata, como as ações humanas na área de uma bacia hidrográfica podem afetá-la diretamente, muitas vezes levando-a a sua degradação e descaracterização, pois, onde era um rio se torna um simples “valão”.







[1] Foram desenvolvidas duas aulas com os alunos do 8º ano no laboratório de informática do Colégio Passionista.
[2] Vale ressaltar que as áreas de potenciais impactos foram identificadas a partir da interpretação de fotografias aéreas disponibilizadas pelo Google Earth e também a partir da identificação in locus feita pelos alunos nas proximidades da escola e da região onde habitam.

[3] Compreende-se o assoreamento como sendo o acúmulo de sedimentos pelo depósito de terra, areia, argila, detritos etc., na calha de um rio, na sua foz, em uma baía, um lago etc., motivados devido ao mau uso do solo e da degradação da bacia hidrográfica, causada por desmatamentos, monoculturas, construções outros.